Designs change. But the sheep stays...
Daqui pra frente...
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Pérolas - da Folha - é mole?!
Essa pérola é das mais puras...não tem preço, não mesmo...
Leiam o blog do Nassif, principalmente os comentários...adorei!
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2010/05/30/impagavel-o-merchandising-da-faca-assassina/
28/05/2010-11h40
Homem que esfaqueou três em mercado de SP foi contido meia hora após ataque
AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
P
"Quem quer morrer?", dizia o auxiliar de pedreiro que matou uma pessoa e feriu duas com uma faca de churrasco anteontem à noite num hipermercado de Guarulhos, na Grande São Paulo.
José Marcelo de Araújo, 27, percorreu quase todas as seções do Extra, no centro, ameaçando as pessoas. Empunhava uma faca de churrasco, que furtou no próprio local (Tramontina, modelo Ultracorte, pacote com quatro tamanhos: R$ 53,90).
Era dia de promoção --a Quarta Extra (até 30% de desconto em frutas e legumes). A loja estava cheia.
A primeira vítima foi o comerciante chinês Ding Yu Chi, 60, esfaqueado próximo à banca de tomates, ao lado da mulher. Sem motivo aparente, Araújo deu-lhe duas facadas na barriga. Afastou-se e voltou a esfaqueá-lo. Ao todo, desferiu oito golpes.
Ding andou por 30 metros e pediu ajuda. Seguranças disseram para ele se deitar no chão e esperar o socorro. Gemendo, no colo da mulher, dizia: "Não aguento mais".
Uma poça de sangue se formou debaixo de seu corpo. Clientes começaram a gritar que um "maluco" tinha esfaqueado um homem. Seis mulheres desmaiaram.
A segunda vítima foi outro comerciante. Ele se deparou com Araújo, tentou fugir, mas foi ferido nas costas. Antes de fazer a terceira vítima (um fiscal do Extra atingido no abdômen), Araújo tentou esfaquear outro cliente, que jogou um carrinho de compras contra ele.
Pânico e correria duraram quase meia hora. "Quando começou a confusão, eu tinha acabado de passar minha primeira compra no caixa, às 20h41. Quando acabou, eu terminei. Eram 21h13", disse a dona de casa Karina Marques, 31, exibindo o cupom fiscal com horários.
Um policial disparou dois tiros no meio da loja --mais gritos, mais pânico. Não o atingiram o agressor, que acabou detido pela PM.
A família de Ding estuda processar o Extra por omissão de socorro. Testemunhas dizem que ele sangrou sem parar na loja e só foi removido ao fim da confusão. Morreu ao entrar no hospital.
O Extra não divulgou cenas de câmeras internas. Em nota, informou ter "tomado todas as medidas cabíveis". Também disse que acionou a PM, "lamenta profundamente o ocorrido" e se mantém "à disposição das autoridades".
Preso, Araújo afirmou que era perseguido desde sua casa, em Guararema, a 40 km de Guarulhos, mas não disse quem o seguia. Segundo a polícia, ele não conhecia as vítimas. Na delegacia, disse não se lembrar de nada. Não parecia estar sob efeito de drogas nem alcoolizado.
A polícia ainda tem poucos dados dele. Só sabe que nasceu em São Bento do Una (PE) e nunca foi condenado. As outras duas vítimas passaram por cirurgias e não correm risco de morte.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
terça-feira, 25 de maio de 2010
terça-feira, 18 de maio de 2010
Lucky Strike!
De minha parte, não duvido de mais nada. Um salgado na esquina, um computador quebrado, podem mudar a vida de alguém!
Mas que foi um puta de um "lucky strike", isso foi...
domingo, 16 de maio de 2010
A verdade é que eu adorava...
Pão Doce
Não adianta mentir pra mim mesma
Ficar me enganando, tentando dizer
Que nunca na vida, nunca na vida eu gostei de pão doce
Porque por mais que eu queira esconder
A verdade é que eu adorava pão doce
Não podia passar sem pão doce
Bastava ver padaria, que logo eu ia, que logo eu ia
Comprar
Não adianta mentir pra mim mesma
Porque no fundo, porque no fundo eu sei muito bem
Que essa história toda de não comer açúcar
Que essa história toda de não comer pão branco
Que essa história toda de viver de mel e pão integral
Isso tudo só foi começar muito depois
Depois de um tempo em que eu era
Tão completamente ingênua
Tão sem força de vontade
Que as doces delicadezas
De qualquer guloseima
Lânguidas me seduziam
E minha língua sofria
De incontrolável fascínio
Por cremes dourados
E frutas cristalizadas
Feito rubis incrustadas
Nas crostas crocantes dos pães
Mas hoje
Hoje tudo é diferente
Se eu olho pruma padaria, me ponho cismando, chego a duvidar
Como é que pôde um dia
Eu ter entrado tanto lá!...
Porque por mais que eu queira, mas que eu queira
Mentir pra mim mesma
Ficar me enganando, tentando dizer
Que nunca na vida, nunca na vida eu gostei de pão doce
Fazendo um exame detido, sendo sincera, eu tenho que admitir
Que a verdade, meus amigos
(pelo menos no que tange a trigos)
A verdade no duro, doa a quem doer
A verdade é que eu adorava pão doce
A verdade é que eu adorava pão doce
A verdade é que eu adorava pão doce...
Adriana Calcanhotto
Composição: Lupscínio Rodrigues
sexta-feira, 7 de maio de 2010
The Euler Walk...
Canção de nós dois
Tudo quanto na vida eu tiver
Tudo quanto de bom eu fizer
Será de nós dois
Será de nós dois
Uma casa num alto qualquer
Com um jardim e um pomar se couber
Será de nós dois
Será de nós dois
E depois, quando a gente quiser
Passear, ir pra onde entender
Não importa onde a gente estiver
Estaremos a sós
E depois, quando a gente voltar
O menino que a gente encontrar
Será de nós dois
Será de nós dois
E de noite quando ele dormir
O silêncio do tempo a fugir
Será de nós dois
Será de nós dois
E por fim, quando o tempo fugir
E a saudade nos der de nós dois
E a vontade vier de dormir
Sem ter mais depois
Dormiremos sem medo nenhum
Pois aonde puder dormir um
Podem dormir dois
Podem dormir dois
Podem dormir dois
Vinicius de Moraes
in: Poesia completa e prosa: "Cancioneiro"
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Sowing the seeds
How to pick a pic out of 2.400?
This picture could have been taken anywhere..but it was taken off the track and - I guess - it was taken for me. And it took seven takes to get it. Just because I said I liked hydrengias...everytime I look at it I see all the other 2399...
Maybe someday I'll be able to explain how much this project meant to me:
For 95 out of 2.400 see: Brejal
Foto by: Vanessa Moutinho
terça-feira, 13 de abril de 2010
Saudades
Hoje, por um momento (prolongado) senti saudades...do futuro.
Vi a imagem de como será -
marrom, verde, laranja.
Senti a terra, o cheiro das folhas, me cobri de raios de sol
e senti que você estava perto.
Ainda que por um momento só.
Vi a imagem de como será -
marrom, verde, laranja.
Senti a terra, o cheiro das folhas, me cobri de raios de sol
e senti que você estava perto.
Ainda que por um momento só.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Im Regen
Es regnet. Es regnet als müsste sich der Regen selbst übertreffen. Als müsste er sich und uns beweisen, dass er größer und gewaltiger ist als wir und alles andere. Als würde er einfach alles bedecken und wegspülen können, was wir einmal aufgebaut haben.
Nun, seien wir ehrlich, schwer haben wir es ihm nicht gemacht. Die Häuser, die scheinbar ohne jeden Sinn und Verstand an Hänge gesetzt wurden sind doch keine Herausforderung für diesen oder andere Regen. All die Straßen, die jetzt unter Wasser stehen oder in denen sich Pfützen von der Größe eines Supermarktparkplatzes sammeln, haben wir die gebaut oder haben wir sie wohl eher nicht gebaut?
All die grünen Dächer, die ihn auffangen könnten. Wir haben sie nicht gebaut und tun es noch nicht. Stattdessen haben wir Swimmingpools auf unseren Dächern. Die vorher schon voll waren und jetzt überlaufen. Ironie? Nein. Ironie hilft ja auch nicht immer.
Wär ich der Regen, ich würde wohl müde lächeln.
Ich bin es aber nicht. Er lässt mich (ver-)zweifeln, weinen, sinnen, lächeln, lachen...er lässt uns alle fühlen. Und er hat einen entscheidenden Vorteil gegenüber dem Sonnenschein. Wir spüren ihn, sehen ihn und hören ihn. In meinem Zimmer, mit geschlossenen Augen und wenn auch mit Musik, sein Rauschen und Plätschern übertönt alles. Es regnet, und ich meine das ganz unpoetisch, in uns. Selbst wenn wir es nicht wollen. Ja, heute glaube ich wirklich, dass er den Sonnenschein in den Schatten stellt. Denn, das muss gesagt sein, Regen ist doch immer ein anderer. Vor drei Wochen, auf dem Land, fiel plötzlich ein lauer Sommerregen und wir schauten uns wortlos an, stiegen aus dem Auto und tanzten Barfuß auf warmer Erde. Jetzt jedoch verziehe ich meine Stirn in Falten und möchte doch nichts als mich unter der Bettdecke zu verkriechen. Aber ist der Regen anders, oder bin ich es? Na ja, die Antwort liegt ja auf der Hand.
So viele Gedanken kamen in den letzten Stunden, Tagen hervor. Aber letztlich konnte ich keinen halten. Nur die Gefühle blieben ganz klar. In der Erinnerung und im Jetzt. Und eines scheint mir sicher. Im Regen sind wir uns ganz nah. Als würde er weitersagen, uns zuflüstern, was wir in uns tragen, was wir teilen möchten...
Nun, seien wir ehrlich, schwer haben wir es ihm nicht gemacht. Die Häuser, die scheinbar ohne jeden Sinn und Verstand an Hänge gesetzt wurden sind doch keine Herausforderung für diesen oder andere Regen. All die Straßen, die jetzt unter Wasser stehen oder in denen sich Pfützen von der Größe eines Supermarktparkplatzes sammeln, haben wir die gebaut oder haben wir sie wohl eher nicht gebaut?
All die grünen Dächer, die ihn auffangen könnten. Wir haben sie nicht gebaut und tun es noch nicht. Stattdessen haben wir Swimmingpools auf unseren Dächern. Die vorher schon voll waren und jetzt überlaufen. Ironie? Nein. Ironie hilft ja auch nicht immer.
Wär ich der Regen, ich würde wohl müde lächeln.
Ich bin es aber nicht. Er lässt mich (ver-)zweifeln, weinen, sinnen, lächeln, lachen...er lässt uns alle fühlen. Und er hat einen entscheidenden Vorteil gegenüber dem Sonnenschein. Wir spüren ihn, sehen ihn und hören ihn. In meinem Zimmer, mit geschlossenen Augen und wenn auch mit Musik, sein Rauschen und Plätschern übertönt alles. Es regnet, und ich meine das ganz unpoetisch, in uns. Selbst wenn wir es nicht wollen. Ja, heute glaube ich wirklich, dass er den Sonnenschein in den Schatten stellt. Denn, das muss gesagt sein, Regen ist doch immer ein anderer. Vor drei Wochen, auf dem Land, fiel plötzlich ein lauer Sommerregen und wir schauten uns wortlos an, stiegen aus dem Auto und tanzten Barfuß auf warmer Erde. Jetzt jedoch verziehe ich meine Stirn in Falten und möchte doch nichts als mich unter der Bettdecke zu verkriechen. Aber ist der Regen anders, oder bin ich es? Na ja, die Antwort liegt ja auf der Hand.
So viele Gedanken kamen in den letzten Stunden, Tagen hervor. Aber letztlich konnte ich keinen halten. Nur die Gefühle blieben ganz klar. In der Erinnerung und im Jetzt. Und eines scheint mir sicher. Im Regen sind wir uns ganz nah. Als würde er weitersagen, uns zuflüstern, was wir in uns tragen, was wir teilen möchten...
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Alimentos contaminados
Segue matéria do Silvio, editor do Le Monde Diplomatique Brasil... muito boa..
O Brasil é o maior mercado de agrotóxicos do mundo e representa 16% da sua venda mundial. Em 2009, foram vendidas aqui 780 mil toneladas, com um faturamento estimado da ordem de 8 bilhões de dólares. Ao longo dos últimos 10 anos, na esteira do crescimento do agronegócio, esse mercado cresceu 176%, quase quatro vezes mais que a média mundial, e as importações brasileiras desses produtos aumentaram 236% entre 2000 e 2007. As 10 maiores empresas do setor de agrotóxicos do mundo concentram mais de 80% das vendas no país.
Esses produtores viram ameaçadas suas novas metas de faturamento com o anúncio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de que se propõe a reavaliar o uso de 13 produtos agrotóxicos, vários deles já proibidos há anos nos EUA, na União Europeia, e em países como Argentina, Nigéria, Senegal, Mauritânia, entre outros, como o acefato e o endossulfam. Os motivos dessa proibição são evidentes, a contaminação de alimentos, de trabalhadores rurais, e do meio ambiente, causando, literalmente, o envenenamento dos consumidores, a morte de trabalhadores rurais e a destruição da vida animal e vegetal.
Em solicitação ao Ministério Público para a proibição de um desses agrotóxicos – o Tamaron – os então deputados federais Fernando Dantas Ferro, Adão Preto e Miguel Rosseto denunciam que 5 mil trabalhadores rurais morrem, a cada ano, intoxicados por venenos agrícolas, sendo que muitos mais são afetados de maneira grave pela ingestão dos componentes químicos desses produtos.
Frente à disposição da Anvisa de reavaliar produtos como Gramoxone, Paraquat, Tamaron, Mancozeb, Monocrotfos, Folidol, Malation e Decis, o Sindag – Sindicato das Indústrias de Defensivos Agrícolas – recorreu ao Judiciário, solicitando que não sejam publicados os resultados das reavaliações. Houve mesmo iniciativas no Judiciário que pretendiam proibir os estudos da Anvisa que verificavam a segurança das substâncias de 99 agrotóxicos.
O fato é que o setor ruralista, com o Ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes à frente, a bancada ruralista e os fabricantes de agrotóxicos se puseram a campo contra a iniciativa da Anvisa, e mesmo contra a própria Anvisa e o seu papel fiscalizador. Segundo documento obtido pela ABRANDH – Ação Brasileira pela Nutrição e Direitos Humanos, o Ministério da Agricultura quer ser o responsável pela avaliação e registro dos produtos agrotóxicos.
Para Rosany Bochner, especialista em toxicologia da Fiocruz, instituição parceira da Anvisa no trabalho de reavaliação dos agrotóxicos, "o Brasil está virando um grande depósito de porcarias. Os agrotóxicos que as empresas não conseguem vender lá fora, que têm indicativo de problemas, são empurrados para a gente".
Em 2002, com o início do funcionamento do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, coordenado pela Anvisa, surgiram informações preocupantes. Das 1.198 amostras recolhidas em nível nacional, 17,28% apresentavam índices de contaminação acima do permitido para se preservar a saúde. O tomate, o morango e a alface são os mais contaminados. Se você come amendoim, batata, brócolis, citros, couve, couve-flor, feijão, melão, pimentão, repolho, entre outros alimentos, cuidado! Eles contêm acefato, um agrotóxico que pode causar danos ao cérebro e ao sistema nervoso e provocar câncer no longo prazo. O acefato é proibido em toda a União Europeia.
Segundo o IDEC – Instituto de Defesa do Consumidor, "o consumidor brasileiro está exposto a um risco sanitário inaceitável, que exige medidas rigorosas dos órgãos governamentais responsáveis, inclusive com a punição dos infratores".
Essa denúncia decorre do levantamento e análise da Anvisa, feito de junho de 2001 a junho de 2002, onde nada menos que 81,2% das amostras analisadas (1051 casos) exibiam resíduos de agrotóxicos e 22,17% apresentavam índices que ultrapassavam os limites máximos permitidos.
Atualmente os agrotóxicos estão em reavaliação tanto pela Anvisa, quanto pelos Ministérios da Saúde e Meio Ambiente. E espera-se que até o final do ano seja divulgada uma nova lista dos agrotóxicos que podem continuar sendo vendidos e os que serão banidos do território brasileiro.
Ainda não existe uma ação integrada desses organismos públicos responsáveis por essa tarefa de fiscalização, mas segundo Agenor Álvares, diretor da Anvisa, a integração é algo indispensável, até para enfrentar a proposta do setor ruralista, que é inaceitável.
Silvio Caccia Bava é editor de Le Monde Diplomatique Brasil e coordenador geral do Instituto Pólis.
Alimentos contaminados
por Silvio Caccia Bava
O Brasil é o maior mercado de agrotóxicos do mundo e representa 16% da sua venda mundial. Em 2009, foram vendidas aqui 780 mil toneladas, com um faturamento estimado da ordem de 8 bilhões de dólares. Ao longo dos últimos 10 anos, na esteira do crescimento do agronegócio, esse mercado cresceu 176%, quase quatro vezes mais que a média mundial, e as importações brasileiras desses produtos aumentaram 236% entre 2000 e 2007. As 10 maiores empresas do setor de agrotóxicos do mundo concentram mais de 80% das vendas no país.
Esses produtores viram ameaçadas suas novas metas de faturamento com o anúncio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de que se propõe a reavaliar o uso de 13 produtos agrotóxicos, vários deles já proibidos há anos nos EUA, na União Europeia, e em países como Argentina, Nigéria, Senegal, Mauritânia, entre outros, como o acefato e o endossulfam. Os motivos dessa proibição são evidentes, a contaminação de alimentos, de trabalhadores rurais, e do meio ambiente, causando, literalmente, o envenenamento dos consumidores, a morte de trabalhadores rurais e a destruição da vida animal e vegetal.
Em solicitação ao Ministério Público para a proibição de um desses agrotóxicos – o Tamaron – os então deputados federais Fernando Dantas Ferro, Adão Preto e Miguel Rosseto denunciam que 5 mil trabalhadores rurais morrem, a cada ano, intoxicados por venenos agrícolas, sendo que muitos mais são afetados de maneira grave pela ingestão dos componentes químicos desses produtos.
Frente à disposição da Anvisa de reavaliar produtos como Gramoxone, Paraquat, Tamaron, Mancozeb, Monocrotfos, Folidol, Malation e Decis, o Sindag – Sindicato das Indústrias de Defensivos Agrícolas – recorreu ao Judiciário, solicitando que não sejam publicados os resultados das reavaliações. Houve mesmo iniciativas no Judiciário que pretendiam proibir os estudos da Anvisa que verificavam a segurança das substâncias de 99 agrotóxicos.
O fato é que o setor ruralista, com o Ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes à frente, a bancada ruralista e os fabricantes de agrotóxicos se puseram a campo contra a iniciativa da Anvisa, e mesmo contra a própria Anvisa e o seu papel fiscalizador. Segundo documento obtido pela ABRANDH – Ação Brasileira pela Nutrição e Direitos Humanos, o Ministério da Agricultura quer ser o responsável pela avaliação e registro dos produtos agrotóxicos.
Para Rosany Bochner, especialista em toxicologia da Fiocruz, instituição parceira da Anvisa no trabalho de reavaliação dos agrotóxicos, "o Brasil está virando um grande depósito de porcarias. Os agrotóxicos que as empresas não conseguem vender lá fora, que têm indicativo de problemas, são empurrados para a gente".
Em 2002, com o início do funcionamento do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, coordenado pela Anvisa, surgiram informações preocupantes. Das 1.198 amostras recolhidas em nível nacional, 17,28% apresentavam índices de contaminação acima do permitido para se preservar a saúde. O tomate, o morango e a alface são os mais contaminados. Se você come amendoim, batata, brócolis, citros, couve, couve-flor, feijão, melão, pimentão, repolho, entre outros alimentos, cuidado! Eles contêm acefato, um agrotóxico que pode causar danos ao cérebro e ao sistema nervoso e provocar câncer no longo prazo. O acefato é proibido em toda a União Europeia.
Segundo o IDEC – Instituto de Defesa do Consumidor, "o consumidor brasileiro está exposto a um risco sanitário inaceitável, que exige medidas rigorosas dos órgãos governamentais responsáveis, inclusive com a punição dos infratores".
Essa denúncia decorre do levantamento e análise da Anvisa, feito de junho de 2001 a junho de 2002, onde nada menos que 81,2% das amostras analisadas (1051 casos) exibiam resíduos de agrotóxicos e 22,17% apresentavam índices que ultrapassavam os limites máximos permitidos.
Atualmente os agrotóxicos estão em reavaliação tanto pela Anvisa, quanto pelos Ministérios da Saúde e Meio Ambiente. E espera-se que até o final do ano seja divulgada uma nova lista dos agrotóxicos que podem continuar sendo vendidos e os que serão banidos do território brasileiro.
Ainda não existe uma ação integrada desses organismos públicos responsáveis por essa tarefa de fiscalização, mas segundo Agenor Álvares, diretor da Anvisa, a integração é algo indispensável, até para enfrentar a proposta do setor ruralista, que é inaceitável.
Silvio Caccia Bava é editor de Le Monde Diplomatique Brasil e coordenador geral do Instituto Pólis.
domingo, 4 de abril de 2010
A pipa
Acabei de ver um filme que gostaria de não ter visto: guerra ao terror. O filme é bom, mas fiquei no escuro pensando - gritando pra mim: chega de filme de guerra. Chega. Não aguento mais. Como se ainda precisássemos de um filme que nos mostra a crueldade da guerra, a bi-polaridade das pessoas, a falta de sentido...bom, tem gente que precisa, e muito. Mas essa gente vai ver o filme e re-pensar os próprios conceitos? É sempre o mesmo filme: Platoon, Apocalypse Now, Full Metall Jacket, Saving Private Ryan, thin red line..etc.
E sempre acaba sendo a mesmo discussão: o diretor/ a diretora fez uma crítica do jeito que gostamos ou fez um elogio "aos nossos soldados"? Foi demais ou foi demenos?
(...)
Mas tinha uma cena que não sai da minha cabeça: o nosso soldado deitado no chão - depois da detonação de uma bomba amarrada numa pessoa que não quis morrer. Ele consegue abrir os olhos e lá vê uma pipa no sol. Um menino, pelo visto não muito impressionado com o acontecido, está correndo com uma pipa bem bonita, colorida (talvez amarela, não lembro)...
Não sei, mas tenho visto muitas pipas por ai. E eu amo pipas. Deixei uma, minha companheira de longa data, num lugar longe mas não muito distante daqui...lembro dela quando vejo a criançada correndo, soltando uma pipa, rindo, parecendo feliz, parecendo criança. Mas ultimamente o sabor da imagem ficou amarga..
Uma certeza virou pergunta para depois se tornar uma questão...
E sempre acaba sendo a mesmo discussão: o diretor/ a diretora fez uma crítica do jeito que gostamos ou fez um elogio "aos nossos soldados"? Foi demais ou foi demenos?
(...)
Mas tinha uma cena que não sai da minha cabeça: o nosso soldado deitado no chão - depois da detonação de uma bomba amarrada numa pessoa que não quis morrer. Ele consegue abrir os olhos e lá vê uma pipa no sol. Um menino, pelo visto não muito impressionado com o acontecido, está correndo com uma pipa bem bonita, colorida (talvez amarela, não lembro)...
Não sei, mas tenho visto muitas pipas por ai. E eu amo pipas. Deixei uma, minha companheira de longa data, num lugar longe mas não muito distante daqui...lembro dela quando vejo a criançada correndo, soltando uma pipa, rindo, parecendo feliz, parecendo criança. Mas ultimamente o sabor da imagem ficou amarga..
Uma certeza virou pergunta para depois se tornar uma questão...
sexta-feira, 2 de abril de 2010
memorable
Memorável. Agradeço por mais uma noite memorável. Cheio de amor, carinho, música, dança...cheio de pessoas dispostas...que se jogaram...que se deixaram captar...
Se joga e eu me jogo. E juntos nada pode acontecer...
Some days, some nights, some moments are just memorable.
And if you had a memorable moment - don't forget it - capture it. Keep it with you.
Today was - another - memorable night. And I am grateful for it. Just as grateful as an "I love you" or an "I care about you" or an "call me when you get home" can make you. It's inspiring...
quinta-feira, 1 de abril de 2010
História de uma gata - história de nos
Me alimentaram
Me acariciaram
Me aliciaram
Me acostumaram
O meu mundo era o apartamento
Detefon, almofada e trato
Todo dia filé-mignon
Ou mesmo um bom filé... de gato
Me diziam todo momento
Fique em casa, não tome vento
Mas é duro ficar na sua
Quando à luz da lua
Tantos gatos pela rua
Toda a noite vão cantando assim
Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora, senhorio
Felino, não reconhecerás
De manhã eu voltei pra casa
Fui barrada na portaria
Sem filé e sem almofada
Por causa da cantoria
Mas agora o meu dia-a-dia
É no meio da gataria
Pela rua virando lata
Eu sou mais eu, mais gata
Numa louca serenata
Que de noite sai cantando assim
Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora, senhorio
Felino, não reconhecerás
Composição: Enriquez/Bardotti -
Versão: Chico Buarque
quarta-feira, 31 de março de 2010
And if...
And if you have to describe things you’ve never seen? And if you have to decide the better place to live and you’ve never left your hometown? And if you have to talk about LOVE without being silly, ridiculous or naïve? Sometimes you don’t have the chance to think twice, so, what would you do, children? Do you know what I mean when I say “and if”? Could this happen for real, or is it just a “mind game”?
I don’t wanna puzzle anybody, but sometimes it’s just the way I feel about things, “faraway, so close”. Right now, my life is changing so much, and the choices I make seems so obvious, and still I have to spend long nights taking decisions, so what’s the point? And if I decide not to choose, things would happen the same way? Contradictions move me all the time, but they don’t leave any trails I could follow back and remind how I came here, and it frightens me a lot. These things, that seem to be out of our control, could be just a misplaced feeling? Going back to the beginning of this post, there are situations that, when you’re confronted by them, the only reason is to forget reason. It seems reasonable to you? Not to me. But I don’t care or pretend no to care or I care when there’s no other way. You just follow that feeling, that crazy heart, that piece of mind you know it’s dangerous, but helps you by chance. And you forget about fate. Fate its just fortune playing the smart ass, like Leminski said one day.
I don’t wanna puzzle anybody, but sometimes it’s just the way I feel about things, “faraway, so close”. Right now, my life is changing so much, and the choices I make seems so obvious, and still I have to spend long nights taking decisions, so what’s the point? And if I decide not to choose, things would happen the same way? Contradictions move me all the time, but they don’t leave any trails I could follow back and remind how I came here, and it frightens me a lot. These things, that seem to be out of our control, could be just a misplaced feeling? Going back to the beginning of this post, there are situations that, when you’re confronted by them, the only reason is to forget reason. It seems reasonable to you? Not to me. But I don’t care or pretend no to care or I care when there’s no other way. You just follow that feeling, that crazy heart, that piece of mind you know it’s dangerous, but helps you by chance. And you forget about fate. Fate its just fortune playing the smart ass, like Leminski said one day.
Putting the question in clearer terms: And if I’m living my last year here, when I even feel like have truly LIVED this place? Where do I go? I read again what I wrote, and I know that I won’t decide ‘till the ultimate moment. And I will jump into the train when he begins to move on…
terça-feira, 30 de março de 2010
Cansei de falar da Nestlé...vamos enterrar ela hoje?
Gente, repassando uma nota da Greenpeace.
Quero deixar claro que a 'implicância' com a Nestlé é estrutural e vai muito além dum simples boicote. É um mecanismo para dar vida e moldar uma convicção de que é certo e de que não é. Nenhuma barra de chocolate vale a venda da própria integridade e a destruição de todos os mistérios da selva e os seres dela. Nenhuma organização/empresa pode ser defendida sem argumento, sobre tudo quando os argumentos contra ela estão na mesa (Vejam no facebook o monte de besteiras que muitas pessoas deixam documentado). É o caso da Nestlé, embora tudo mundo já esteja cansado de saber o que está pegando - há muito tempo.
Mas o mais importante é que cada argumento contra ela, é um argumento ao favor de uma alternativa. Não queremos luta, não queremos violência, queremos algo diferente. Isso tem custo de adaptação? Talvez. Mas vale a pena. Tenham certeza...
Há uma semana, o Greenpeace tem deixado a Nestlé de cabelo em pé. Tudo começou com umvídeo-denúncia exigindo que a Nestlé pare de usar óleo de dendê de empresas que destroem as florestas tropicais da Indonésia - atingindo as comunidades locais e os oragotangos nativos. De lá para cá, graças às trapalhadas da empresa para encobrir os fatos, ciberativistas de todo o mundo deram um show de bola com inúmeros protestos on-line.
Dê só uma olhada:
* A Nestlé pediu para que o YouTube tirasse nosso vídeo da
web, mas, como muita gente já tinha repostado, ele começou a
pipocar em diversas contas ficou impossível eliminá-lo do ar.
Até agora, mais de 600 mil pessoas já assistiram ao vídeo.
* Os usuários do Facebook visitaram a página da Nestlé
para perguntar se a empresa iria parar de comprar de fornecedores
que desmatam para plantar dendê e receberam respostas mal-educadas.
Apesar da tentativa da Nestlé de abafar o caso, inúmeros sites e
blogs deram a notícia.
* Mais de 100 mil pessoas em todo o mundo enviaram ao presidente da
Nestlé na Suíça, Paul Bulcke, uma carta apontando os problemas e
pedindo soluções.
As ações de cada um de vocês têm um grande impacto na decisão da Nestlé. Se você não participou, ainda dá tempo.
Envie um e-mail exigindo que a empresa pare de usar óleo de dendê produzido às custas da destruição das florestas. Depois não se esqueça de compartilhar nosso vídeo com seus amigos.
Obrigado pelo seu apoio,
Greenpeace
sábado, 27 de março de 2010
Space
Space is defined as many things, depending on "what" space you want to talk about or work with.
The American Heritage® Dictionary of the English Language, Fourth Edition copyright ©2000 by Houghton Mifflin Company. Updated in 2009. Published by Houghton Mifflin Company. All rights reserved. On, http://www.thefreedictionary.com/space therefore states:
space (sps)
n.
1.
a. Mathematics A set of elements or points satisfying specified geometric postulates: non-Euclidean space.
b. The infinite extension of the three-dimensional region in which all matter exists.
2.
a. The expanse in which the solar system, stars, and galaxies exist; the universe.
b. The region of this expanse beyond Earth's atmosphere.
3.
a. An extent or expanse of a surface or three-dimensional area: Water covered a large space at the end of the valley.
b. A blank or empty area: the spaces between words.
c. An area provided for a particular purpose: a parking space.
4. Reserved or available accommodation on a public transportation vehicle.
5.
a. A period or interval of time.
b. A little while: Let's rest for a space.
6. Sufficient freedom from external pressure to develop or explore one's needs, interests, and individuality: "The need for personal space inevitably asserts itself" (Maggie Scarf).
7. Music One of the intervals between the lines of a staff.
8. Printing One of the blank pieces of type or other means used for separating words or characters.
9. One of the intervals during the telegraphic transmission of a message when the key is open or not in contact.
10. Blank sections in printed material or broadcast time available for use by advertisers.
I particularly like 1 b: "The infinite extension of the three-dimensional region in which all matter exists". All matter...If it already exists and is by definition an "infinite extension" why is it then that the subjective quality of space changes when we are apart and when we are together? After all, our space should continue to be infinite, isn't it?
Well, Maybe the math definition (1 a) serves better: "A set of elements or points satisfying specified geometric postulates". Maybe we are geometric postulates and are satisfied or not with our set of elements and points....I've never seen myself as (part of) a geometric postulate but I guess I could consider it...
All I know is that space, not to mention the quality of space, is - as much as it is intriguing - quite the brainteaser...and somehow it has become one of the major issues in my life...
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